Ilhados na tempestade!

“Feriadão à vista. Nada melhor do que reunir os amigos e curtir uma viagem. Nossa escolha foi para Sana, á 165 km do Rio de Janeiro.

O local é abrigo de muitas cachoeiras e um dos destinos favoritos dos praticantes do ecoturismo. Marcamos a data, camping reservado, rafting agendado e barracas ok. Partiu!

No dia da viagem, fomos cedinho para a rodoviária. E aí  mesmo já começou o primeiro perrengue.

Botamos o pé na área de embarque. CADÊ o ônibus? Havia saído!!!!!!!!

Por sorte o avistamos e saímos correndo atrás dele, carregando mochilas, barracas etc. Depois de muitos metros, conseguimos parar o ônibus e embarcar para nossa viagem. Ufa.

À caminho da cidade, encontramos os demais amigos e fizemos nossa primeira parada: o rafting.

Depois desta curtição, seguimos viagem para Sana pedindo carona na estrada.
Chegamos no camping em meio a um temporal danado! O dono do camping, totalmente relaxado, jogado na rede, nos disse: “Podem colocar a barraca onde vocês quiserem, e sugeriu ter um lugar do outro lado do riacho que fica mais reservado”.
Óbvio que decidimos ir pro outro lado do riacho, atravessamos a ponte com um baita medo já que essa nada mais era do que uma tábua presa as pedras.
Ainda sob muita chuva, iniciamos as montagens das barracas. Percebemos que uma das barracas (emprestada) estava faltando partes importantes. Tivemos que fazer umas gambiarras e por fim colocamos ela de pé. E a chuva? Só aumentava.

Missão das barracas cumprida. Resolvemos enfim curtir a região. Durando o dia, formos às cachoeiras, ignorando o pé d’água. A noite decidimos deixar de ir a um forró porque teríamos que acordar cedo para fazer a trilha que era bem extensa. No fim do dia não conseguimos dormir. Eu morrendo de frio. E um dos amigos porque o colchão que emprestaram para ele estava furado (o mesmo que levou a barraca com peças faltando).

Dia seguinte, seria nosso segundo dia de quatro. A trilha não rolou! Muita chuva! Fomos tomar café na praça da cidade e decidimos que deveríamos abortar a viagem. Voltamos para o acampamento e começamos a desmontar as barracas. Eu, como única menina, fiquei com a função de tomar conta do riacho que estava quase transbordando e a chuva não parava.

Fiquei o tempo todo dando o status do riacho:
– “gente o riacho vai transbordar!”
– “gente a ponte tá sumindo!”
– “gente a ponte sumiu!!!!!!”

Enfim, quando desmontamos as barracas, fomos atravessar o riacho. Em meio a tanta chuva o rio estava feroz com uma baita correnteza e o pior, cade a ponte? Como que iríamos sair dali?

Depois de muito tempo, achamos a “ponte” afundada e presa nas pedras. Um dos amigos entrou no rio, segurou a ponte para eu passar por cima dela. E as malas tivemos que arremessar para o outro lado.

Depois de toda essa maratona sob muita chuva, sujo, detonados, enfim chegamos na recepção. O dono, que mal parecia ter saído do lugar que o vimos da primeira vez nos disse: – “Que ideia acampar do outro lado do riacho!” (filho da mãe, né? A ideia tinha sido dele) Nos restou fazer “cara de paisagem” e fechar nossa conta.

Trocamos de roupa atrás de um bar localizado em uma praça e embarcamos no primeiro ônibus para o RJ. Depois de tanto perrengue podem imaginar como estava o tempo no RJ né? SIM! Um baita sol de lascar! rs

DICA: Se o tempo não está favorável, é hora de desistir do passeio. E ter consciência da hora certa de desistir.
E nunca, na vida, acampe próximo ao riacho, principalmente em dia de chuva kkkkkkk”

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