Perdi meu embarque no cruzeiro!

Imagina perder o embarque do seu cruzeiro que sairia de Miami? Perrengues De Viagem de hoje conta todos os sufocos que Natalia Luz passou com seu marido em plena lua de mel.

“2012 . Nossa lua de mel. Ficamos uns dias na terra da magia em Orlando e depois fechamos um cruzeiro que saía de Miami. Tudo bem planejado para sair perfeito e ficar na memória (e como ficou!!!).

Depois de belos dias nos parques, muitas compras, um dia no hospital (isso é assunto para outra história!), etc., chegou nossa última noite em Orlando!
No informativo do Cruzeiro constava que, apesar de o horário de saída ser às 18h, o embarque era permitido até às 16h, no máximo.
Já sabendo disso, nos organizamos para acordar cedo e fazer tudo com calma. Inclusive já fizemos o check in do Cruzeiro antecipadamente.

O planejamento inicial era: acordar cedo pra tomar café da manhã sem pressa; dirigir de Orlando para Miami sem estresse; devolver o carro no aeroporto (nossa agente tinha dito que era melhor do que no Porto); pegar um taxi e embarcar no navio até às 16h.

Nosso planejamento já foi por água abaixo logo pela manhã: Descemos para tomar café da manhã no nosso hotel em Orlando. Ao chegar no restaurante, fomos informados que já tinham encerrado o café da manhã.
“Como assim?! Mas são 9h da manhã.”
Achamos isso super estranho pois nos dias anteriores não tivemos problemas com o horário.

Eis que eles nos respondem : “o que podemos fazer é providenciar uns muffies e brownies para vocês. Pois encerramos o café da manhã às 10h. E não são 9h. São 10h da manhã. O horário de verão aqui nos EUA começou nessa madrugada.”

Que ótimo (#sqn)! Nosso planejamento inicial perdeu uma hora devido à isso. Mas tudo bem. Tivemos que aceitar os muffies e acelerar o processo de check out.

Pegamos o carro para ir a Miami. Ligamos o GPS e quase caí pra trás: GPS nos deu 6h de viagem. Gelei!!!! Eu havia simulado esse trajeto anteriormente e havia dado mais ou menos 4h de estrada. Na hora não entendi nada. Eu ficava discutindo com o próprio GPS : “só pode estar maluco!”. Mas ok. Se o GPS tá dizendo, vamos seguir viagem.

No trajeto, eu sentia que dávamos a cara ao mundo. Do tipo, saí de Orlando, cheguei no Texas, mas nunca em Miami. Parecia zona rural. Não parecia litoral. Até com vaca a gente se deparou na estrada!!!!

Acabamos chegando no aeroporto às 16h (exatamente o horário que estava fechando o embarque do Cruzeiro). Agora, você imagina a cena: fim de viagem de Orlando e um milhão de malas. Uma fila enorme pra devolver o carro lá no aeroporto. Eu comecei a chorar de nervoso e um ser do bem me deixou passar na frente.

Muito tempo depois descobrimos o porquê do trajeto tão longo de Orlando à Miami : aquele GPS estava programado para não passar por pedágios. Que falha nossa!!!!!

Mas aí pegamos um táxi rumo ao Porto. Chegando lá, não tinha uma alma viva pra embarcar. Todos já haviam embarcado, mas eu vi o nosso navio lá. Acaba surgindo uma centelha de esperança, né?

Fomos correndo tentar entrar. Claro que não nos deixaram. Não tinham o que fazer por nós. Era regra do governo americano! Nos restou sentar na calçadinha, com 500 malas, e ficamos chorando horrores. Poxa, era nossa lua de mel!!! Como que acontece isso???

Depois de desafogar nossas tristezas, resolvi tentar novamente. Conversei com a atendente, explicando tudo o que passamos e blá blá blá. No meio dessa conversa, eis que surge um casal de mexicanos que também estavam tentando entrar no mesmo navio (mas não falam nada em inglês!) E o caso deles ainda era pior: eles perderam tempo “presos” na alfândega.

A única solução que nós deram: “Amanhã, esse navio vai parar em Bahamas. Vocês têm até 16h para embarcar no navio lá. Afinal, já fizeram o check in.”

E agora? Como vou pra Bahamas? Corre de volta pro aeroporto com 500 malas de novo. E mais o casal de mexicanos.
Descobrimos que o voo era, aproximadamente, U$150 (cento e cinquenta dólares). Menos mal. Mas o voo só sairia no dia seguinte às 8h. Ok. Vamos encarar! Mas ficamos no aeroporto porque não queríamos mais um gasto extra com hotel, né. A sensação que tivemos era estar no filme “O Terminal”: Ficamos lá, revezando para cochilar, para um de nós sempre ficar de olho nas malas.

Enfim, conseguimos embarcar e chegamos em Bahamas!!! Ao receber as malas, ficamos aguardando uma: um ‘case’ de contrabaixo. Sima Nós despachamos um contrabaixo (enorme, encomendado por um grande amigo). Perdemos um tempão aguardando. Chegaram a nos informar que ele apenas chegaria no próximo vôo – do dia seguinte!!!! Oiiiii?!??!!?!

Enfim acharam nosso baixo (estava junto com as malas frágeis – frágil estava meu coração já!).

Lá vamos nós pro navio finalmente. Embarcamos. Tudo certo até entrar no quarto do navio: Minúsculo, dividindo espaço com nossas malas (não se esqueça que o baixo era praticamente do nosso tamanho). Mas tudo bem. Terminamos de curtir o cruzeiro e nossa inesquecível lua de mel que voltou com uma boa história de Perrengues de Viagem pra contar.

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