Envenenados em Curaçao

Imagina uma praia deserta, meio longe do centro, seu último dia de passeio a caminho do aeroporto e você come algo venenoso.

Pois é, essa é nossa história de perrengue de viagem protagonizado por  Scheilla Scheffer, que depois de curtir ao máximo sua viagem esbarrou com esse problemão … Saca só !

“Janeiro. Curaçao, Antilhas Holandesas. Estava com 3 amigos e minha irmã.
Eu tinha um voo para o Brasil com conexão em Bogotá nesse dia. Somente eu retornaria ao Brasil. Minha irmã e nossos demais amigos ainda ficariam mais uns dias.

Sendo assim, meus amigos decidiram ir à praia mais longe do local em que estávamos. Eu já havia decidido que não iria mas acabei cedendo, né?

Fomos num jipe muito velho, sem vidros, assoalho e com problemas no motor (porque não basta passar só um perrengue kkkkkkk, tínhamos passado pelo triste episódio do golpe da locadora de veículos e este jipe capenga, era o único veículo disponível).

Chegamos na tal praia deserta, linda e longe.
Ao estacionar o veículo, que não tinha travas, tive que ir arrastando minhas malas pela areia já que dali eu iria ao aeroporto.

Encontramos uma sombra. Acabei tirando um breve cochilo e acordei com os gritos de meus amigos que, inocentemente comeram frutos que caíram de uma árvore. O fruto era doce e eles continuaram comendo, se deliciando. No nosso grupo, um dos amigos agrônomo, um pouco tarde rs, alertou que estes frutos doces eram venenosos.

Enfim, o veneno logo começou a fazer efeito, foram ficando com a vista escura, enjoada, tonta… Os nativos perceberam a grande besteira que fizemos, começaram a induzir meus amigos ao vômito. Eles precisavam urgentemente de atendimento médico já que ingeriram o fruto proibido da árvore de la muerte.

Pegamos o jipe. Eu, no meio dessa confusão toda, saí correndo de biquini e com minhas malas pela areia. Fizemos o longo trajeto da praia paradisíaca ao hospital da ilha.

Era 01/01, feriado de Ano Novo, e muitos estabelecimentos estavam fechados, inclusive as ruas ao redor do hospital. Paramos o jipe em qualquer lugar, e fui empurrando as malas até o hospital além de ir apoiando os amigos envenenados que quase desmaiavam na rua.

Entramos no hospital e logo o atendimento foi providenciado. Eles foram medicados e ficaram em observação. Percebi que, nos corredores, eu atraía comentários e olhares. Óbvio !!!! Eu estava carregando malas pelo corredor, ainda de biquíni no molde bem brasileiro.

O tempo foi passando e eu esqueci do meu voo. A hora que eu lembrei, acabei dando um grito, pulando da cadeira. Nessa correria, eu estava tão preocupada com meus amigos envenenados que esqueci completamente de ir ao aeroporto.

Entrei num mega desespero, o médico liberou a gente, mas eles deveriam retornar ao hospital. Fui pegando a primeira camiseta que achei na mala, o chinelo, um short cheio de areia, coloquei em cima do biquíni e consegui chegar no aeroporto. Eu fui a última a entrar na aeronave e as pessoas me aplaudiam porque cheguei correndo, suada, cheia de areia, roupa suja, um Deus nos acuda. O mais curioso é que na aeronave haviam uns cariocas que um dia anterior num passeios em alto mar perceberam que eu estava me afogando e me salvaram (mais um perrengueinho rsrs).

E tem mais, os envenenados tiveram que voltar ao hospital e esqueceram minha irmã na praia. Só chegaram para buscá-la à noite, coitada. A praia era distante e deserta. A coitada estava sentada num tronco, enrolada na canga, com medo, fome e sem celular.

Pensem num perrengue ! Foi maior do que vocês imaginam!”

DICAS: Uau literalmente esse foi o maior perrengue que poderíamos imaginar. E a dica nem precisa se estender:
NUNCA…jamais… coma algo em que não faça parte do nosso “dicionario de guloseimas” ou que não esteja a venda em algum estabelecimento ou restaurante. As vezes, nem mesmo encostar.

E lembrem: Nunca viajar sem Seguro Viagem. Esse perrengue teria sido muito maior.

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