Roubado após bebedeira na Cracóvia- Polônia.

‘’Fui passar 3 meses na casa de um amigo na região de Bordeaux, França.

Durante nossa estadia, ele e toda a família foram passar uns dias na Rússia. Então, nesse período, resolvi fazer uma eurotrip de 15 dias.

Procurei por voos baratos e logo encontrei Varsóvia. Que acabou se tornando por esse motivo, o destino  inicial. Depois de 2 dias, cheguei à Cracóvia, utilizando carona pelo Blablacar.

Cheguei direto no Hostel. Como o tempo estava meio fechado, aproveitei para descansar e interagir com o pessoal do meu quarto. Combinamos de sair à noite. Nosso grupo era: uma australiana, uma espanhola, um polonês, e eu (único brasileiro).

O polonês acabou me chamando atenção pelo fato de ser ex-jogador profissional de futebol, aos 39 anos e hospedado num party hostel de 12 euros por noite.

Não era nenhum craque mas havia sido campeão nacional na Polônia e Eslováquia. Ficamos um bom tempo ouvindo suas histórias incríveis de como gastar dinheiro como se não houvesse o amanhã.

À noite, fui assistir um jogo da Champions League em um bar na esquina junto com o polonês (Thomas)..E é aqui que começa meu Perrengue.
Bom, mal começaram os primeiros minutos do primeiro tempo do jogo e Thomas me desafiou a provar as vodkas polonesas.

Com isso, fomos zerando as opções do cardápio, uma a uma.Lembro de ter tomado 6 shots nos primeiros 15 minutos. Seguimos nesse ritmo. No intervalo, 500ml de água e mais 500ml de cerveja pra cada um.

Bar cheio, clima bom de jogo no bar. Postei meu último storie no Instagram no 13°shot. Acho que cheguei no 17°. Lá pelas 23h, fim de jogo. Seguimos para uma boate na mesma rua.

As últimas lembranças que eu tenho são:  encontrei um brasileiro por lá e os seguranças me davam medo pois tinham uma cara péssima. E só.
Depois disso, só lembro que cheguei no Hostel às 7h da manhã. Fui pegar o cartão para abrir o portão e não encontrava o bendito cartão

Comecei a bater nos bolsos e nada.Consegui que abrissem a porta para mim e comecei a perguntar sobre minha carteira e celular por tudo quanto era parte possível.

Nesse rolo todo, dormi no hostel e acordei 11h da manhã desesperado e sem nada. Meu amigo do Hostel chegou dizendo que eu saí da festa falando que ia embora.

Eu só sei que amanheci em pleno feriado internacional de 1° de maio, sem celular, sem carteira e o pior: sem passaporte. Mandei uma mensagem avisando minha família. E a partir daí, comecei a procurar soluções.

Entrei em contato com as embaixadas brasileiras próximas, consulado na cidade. Mas tudo sem sucesso. Afinal, era feriado. A única opção que me restava era fazer um free tour e dormi quietinho lá no Hostel.

Dia 2, dia útil, logo cedo liguei para o Consulado e só me atenderam em Inglês. Ainda fui informado que somente as Embaixadas emitiam passaporte.

Tive que ir à delegacia para fazer um registro. Assim eu poderia seguir minha viagem para Budapeste. Fui super bem atendido. Gentis e com inglês excelente.

No fim do atendimento, o oficial se lembrou de checar com a Central se haviam feito devoluções. E não é que tinham devolvido meus pertences!

Nossa, eu fiquei super feliz. Fui quase correndo para a outra delegacia buscar meus pertences. Só que nessa delegacia já não fui tão bem atendido. Pelo menos peguei meu passaporte de volta. E fui embora.

Minha vontade naquela hora era desistir de viajar e voltar para a casa do meu amigo na França. Só que eles não estavam lá e ainda faltavam alguns dias para retornarem da Rússia. A sorte que todo o meu dinheiro ainda estava comigo, na doleira.Comprei um novo celular e segui viagem.

Visitei mais 4 países antes de retornar à França sem cartão de crédito e com ajuda de muita gente. Mas fica de aprendizado: Nunca beber sem controle em lugares desconhecidos com pessoas que você nunca viu na vida. Principalmente se estiver viajando sozinho, onde ninguém vai te ajudar de verdade.’’

E essa é DICA em cima deste perrengue: Não beba sem moderação. Independente do tipo de trip que estiver fazendo. Guarde seu dinheiro na doleira. Tenha um cartão adicional, para fazer alguma compra necessária para sair da situação.

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