PEDRA AZUL – ES

Bom, Pedra Azul fica no município de Domingos Martins, mas no distrito Aracê. Ou seja, ele está a uma hora de estrada do centro de Domingos Martins. Para quem deseja conhecer bem a região da Pedra Azul, precisa escolher uma hospedagem nos arredores da Pedra.

Muita gente se hospeda em Domingos Martins e acaba fazendo só um bate e volta. só que essa região é tão encantadora que vai te deixar com vontade de voltar se não ficar hospedado por lá pelo menos 2 noites.

Sugestões de hospedagens:

Pousada dos Pinhos

Pousada Pedra Azul

Pousada Peterle

Pousada Rabo do Lagarto

Pousada Vista Pedra Azul

Essas foram as opções que procuramos mas como era feriado de revéillon, essas pousadas que indicamos estavam lotadas. Acabamos escolhendo um flat super fofo que alugamos através da plataforma airbnb. Foi um achado. E a nossa varanda ainda tinha uma vista maravilhosa. O flat tem piscina interna e externa, área kids, academia, quadra de tênis, estacionamento gratuito. Super indicamos.

Tudo se concentra na charmosa Rota do Lagarto, na trilha para a Pedra Azul e no agroturismo.

Separamos por dia o que dá para fazer em cima do nosso roteiro:

Dia 1)
Fomos direto ao Fjordland (é necessário agendar o dia da sua visita para a cavalgada). Existe um mini circuito para crianças de 2 a 7 anos montarem mas está suspenso temporariamente por conta da pandemia. Ficamos um bom tempo aqui porque a pequena adorou brincar no parquinho. Dentro de Fjordland, há o restaurante D’Bem, que tem um cardápio bem restrito mas valeu a pena parar para degustar umas bebidas e dar o almoço da pequena (R$ 36,00 em uma boa quantidade que serviu de almoço e janta para ela). A vista é super agradável.

Depois, seguimos para o nosso almoço. Visitamos a Cervejaria Ronchi Beer, que tem uma área grande externa, cardápio bem ok e preços muito bons das cervejas. Achei um dos melhores custos- benefícios de alimentação e bebidas ali na região. Para quem vai com crianças, tem uma área kids muito boa.

Fechamos o primeiro dia curtindo a piscina no fim de tarde do flat que estávamos hospedados. Descansar e repor as energias.

Dia 2)
Fizemos a Rota do Lagarto de carro. Gostaríamos de ter feito de bicicleta mas como era feriado, a loja estava fechada. Mesmo de carro, valeu a pena. Contamos tudo da Rota do Lagarto aqui no item 6 deste post.

Dia 3)
Começamos cedo no Lavandário (que abre às 9h e vai até às 17h, aos sábados e domingos). Fomos os primeiros a chegar. Só funciona de sexta à domingo (O horário de sexta é das 14h às 17h). Lá tem a possibilidade de ir no Bistrô e tomar um café apreciando a paisagem dos campos de lavanda. É lindo e dá fotos maravilhosas. Cuidado para não ficar esbarrando nas lavandas porque tem bastante abelha por lá.

O passeio no lavandário dura mais ou menos 1 hora. Saímos de lá e fomos direto para a colheita de morangos. Escolhemos o Sítio das Pitayas. Que estava funcionando das 11h às 17h. Lembrando que não é todo dia que tem colheita. É bom entrar em contato com o sítio antes para saber. Geralmente, quando o portão se mantém fechado, não é dia de colheita. Chegamos a ir na porta do Sítio Herança (super famoso nessa questão das colheitas de morango também), mas está fechado desde o início da pandemia.

No Sítio das Pitayas, a colheita mínima é de 1kg. E custa R$25,00 o quilo. Os morangos estavam lindos e saborosos. Valeu a pena. Nossa colheita deu 1,070 gramas. Deu R$25,50. Ainda aguentou bem na estrada de volta pra casa (até o RJ). Colocamos no cooler. Neste sítio também vendem pitayas e polpa congeladas das frutas (não trouxemos por causa da distância, infelizmente).

De lá, paramos numa padaria para almoçar pois à tarde tínhamos agendado a Trilha no Parque Estadual Pedra Azul. Por causa da pandemia, só é permitido entrar 50 pessoas por período (ou você agenda no período da manhã, das 8h ao meio-dia, ou você agenda para o horário da tarde, das 13h às 17h). Contamos tudo da trilha aqui.

Saímos da trilha, tomamos banho e já emendamos na rua novamente.

Fomos repor as energias comendo no Café Colonial Peterle. Só funciona sábados e domingos, das 13h às 20h. Custa R$45,00 por pessoas. Coma a vontade. Crianças não pagam. Achei algumas coisas bem gostosas e frescas e outras coisas mais passadas. De qualquer forma, achei que valeu. O restaurante é bem agradável. E fica dentro do Complexo Peterle (que tem a placa da cidade “Eu amo Pedra Azul” , o termômetro, a Casa do Turista e parquinho para as crianças se distraírem).

Dia 4)

Agroturismo. Mais algumas propriedades que abrem suas portas para visitação.

Fomos direto para Valentim Laticínios. Essa região fica um pouco mais afastada. Leva uns 20 minutos mais ou menos.

Valentim é uma gracinha. Entrada gratuita. Você só paga o que consumir no local. Na lojinha tem todos os laticínios da empresa. Os iogurtes pequenos custam R$5,00 cada, diversos sabores. Tem pães caseiros, bolos e outras quitutes da fazenda a preços bem em conta.

O espaço é bem aberto, com área para picnic toda decorada super fofa. Só comprar o que desejar na hora. Eles também possuem uma fogueira que acendem e você pode comprar marshmallow (R$5,00 o saquinho) para aquecer. Tem um redário para descansar. Um parquinho para as crianças brincarem. E alguns animais da fazenda para ver (como coelhos, porquinhos da índia, calopsitas, galos e galinhas). Caso queira andar no pônei, só pagar pelo tempo que desejar.

No mesmo caminho para visitar Valentim, tem outras propriedades abertas ao público também. Para fazer tudo no mesmo dia:

Tem o Sítio dos Palmitos, de Cogumelos e o Apiário Florin.

Se quiser ir um pouco mais a frente, tem também os pioneiros: Carnielli e Brioschi (queijos e produtos caseiros). Além do Sítio Jabuticabeira (pé-de-moleque de macadâmia e geleias).

Como estas propriedades rurais, são um pouco mais distantes, sugiro que entre em contato previamente para saber se estará aberta ao público.

Depois é só emendar na Cervejaria Altezza para experimentar os pratos italianos e degustar a cerveja local. Quando passar a pandemia, eles vão voltar com a noite italiana (que acontece sempre no primeiro sábado do mês) e com a visitação interna à Cervejaria. O horário de funcionamento vai até 16h (cozinha encerra às 15h30min). O acesso final para chegar na Cervejaria é de uma estradinha de terra irregular. Sugiro abortar a missão em caso de chuva.

Esse foi o nosso roteiro.

Caso você tenha mais dias, vou incluir o que gostaríamos de ter feito mas que não deu tempo:

Dia 5) Hotel Fazenda China Park. Eles funcionam com day use também. é um parque aquático bem legal. Só vale a pena se for no verão, claro.

Dia 6) Vale a pena passear no centrinho de Domingos Martins, que fica a mais ou menos 1 hora de carro. No meio do caminho, tem o Zoo Parque da Montanha. Não sei como são as condições mas era algo que eu estava com vontade de conhecer. Almoçar no Delícias da Tilápia. É um pesque e pague em um ambiente bem fofo e bem aberto. Depois, seguir para a Cervejaria Barba Ruiva e degustar as cervejas locais.

A gastronomia é agraciada com a qualidade dos produtos da região, sem contar o charme de cada estabelecimento. Qualquer lugar que decidir sentar para comer, você vai ficar satisfeito.

Os restaurantes possuem uma média de preço parecida. O ruim que eu achei é que todos os lugares são muito “enfeitados”. Para comer um feijão com arroz, por exemplo, só conseguimos numa padaria. Ou prato kids. Aliás, até o prato kids vem bem enfeitado.

Mas faz parte de conhecer novos lugares e novos sabores.

Beber cerveja sai muito em conta. Talvez pela grande variedade de cervejarias artesanais locais.

Aproveite também a herança italiana na região e aprecie um bom restaurante típico.

A entrada no Parque é gratuita.

Seu funcionamento é de terça à domingo.

Devido à pandemia, eles começaram a funcionar somente com agendamento prévio por e-mail (agendamento.pepaz@gmail.com). Você escolhe o período da manhã (8h ao meio-dia) ou o período da tarde (13h às 17h). Não pode começar a subir as trilhas depois das 14h30min.

Assim que você passa do portal, anda uns 200m até a sede, onde tem banheiros, bebedouros, bancos e um mapa grande que o guarda explica os caminhos a fazer.

É uma trilha bem tranquila. Relativamente curta.

O legal é tentar ir em todos os pontos, que não são muitos.

Tem os mirantes (um deles você chega bem perto da pedra em formato de lagarto). Tem a parte que você chega bem perto da base ao ponto de tocar na Pedra Azul.

Depois você segue mais um pouquinho a frente e já chega em frente aos dois caminhos possíveis para chegar nas piscinas naturais.

Um caminho é bem íngrime e você chega na piscina rápidinho.

O outro caminho é por baixo e leva uns 20 minutos a mais, pelo menos é mais plano.

De qualquer forma, nós “abortamos” a ida às piscinas porque começou a chuviscar e o guarda já havia alertado essa questão de não seguir para as piscinas em caso de chuva porque o caminho vira uma cachoeira e você não consegue voltar. Seguimos a orientação e retornamos a partir dali.

Super valeu a pena, mesmo sem chegar até o final. Em dias abertos, leve roupa de banho e toalha, para aproveitar bem o lugar.

Juntando tudo (ida e volta, parada em todos os pontos e aproveitar as piscinas) você leva em torno de 3h. É realmente tranquila essa trilha.

São 8km em toda a extensão da Rota do Lagarto. Você consegue aproveitar em um só dia parando com calma.

Dá para ir no seu próprio carro e ir parando em todos os lugares. Tem a opção de alugar uma bike tradicional ou elétrica (a empresa Pedra Azul Ecotur faz). Ainda tem a opção de percorrer a Rota do Lagarto de quadriciclo. Só se deslocar nesta estradinha, já é um passeio maravilhoso contemplativo.

A Rota se inicia no complexo Peterle. Lá você já consegue tirar foto na placa “Eu amo Pedra Azul” e no termômetro. Caso esteja com crianças, também tem parquinho. E é onde você vai encontrar a Casa do Turista, para entrar, pegar um mapa e tirar suas dúvidas.

Depois, vá direto para a Pousada Pedra Azul. Eles deixam você entrar só para fotografar lá no Lago Negro. É uma das vistas mais bonitas da Pedra, e ainda faz reflexo no lago dependendo da hora que bate o sol. Lá também tem restaurante que funciona na hora do almoço (meio-dia às 15h) e na hora da janta (das 19h às 22h) . Nós só entramos para fotografar pois não fomos no horário de funcionamento do restaurante. Nos meses de inverno, vale a pena separar uma noite para ir no fondue deste restaurante.

Seguindo a Rota do Lagarto, você chega no Portal da Pedra Azul. Onde tem a entrada do Parque Estadual e a Cafeteria do Portal, com uma lojinha de artesanato.

Subindo mais um pouco na Rota, você chega na Fjordland Cavalgada Ecológica. Onde você pode agendar cavalgada ou simplesmente conhecer o local. Tem um circuito fofo para crianças brincarem. Lá dentro tem um restaurante com uma vista super agradável. O cardápio não tem muita variedade mas vale tomar uma bebida só para aproveitar o lugar.

A partir do Km 3 , já começam a aparecer Cafeterias e restaurantes super fofos e charmosos que dá vontade de parar em todos. A maioria é em um ambiente bem aberto, com jardins ornamentados.

Você já vê o Tre-Fiori Café Expresso, a delicatessen Salumeria, o restaurante Don Due (super famoso na região). Dá uma parada bonita para foto.

Depois, continue seguindo na estradinha, contemplando e admirando a paisagem. Você já vai chegar em outra área com mais restaurantes fofos.

Como os jardins do Marietta Delicatessen.

Em frente, tem a Cervejaria Azurra (onde paramos para experimentar as cervejas locais).

Logo em seguida, paramos no Alecrim Cozinha Artesanal para almoçar. O prato infantil custa R$ 40,00 e deu bastante quantidade para nossa pequena almoçar e jantar . Já os pratos principais estão acima dos R$ 65,00 e achamos bem ok.

Agora, já chegando ao final da Rota, você vai encontrar Da Tutte Mani, uma loja de artesanatos. Tem também a Pousada Rabo do Lagarto (com uma arquibancada para apreciar a vista e também servem o Café da Manhã aberto para não-hóspedes).

Aliás, é no final desta rota que você consegue alugar a bicicleta. Se optar por essa maneira de explorar, é só fazer a Rota do Lagarto do fim para o início.

Para conseguir pegar um tempo com menos risco de chuva, é no período seco, que vai de abril à outubro. No período de inverno, a cidade costuma ficar um pouco mais cheia do que o normal devido à maior procura por destinos de serra nesse período.

A temperatura cai bastante depois que o sol se põe e vai a madrugada inteira fria até o sol subir mais um pouco.

Fomos em pleno verão. Pegamos 24°C durante o dia e 17°C à noite.

Muitos estabelecimentos só funcionam aos fins de semana. Alguns começam a funcionar às quintas-feiras também. Para quem deseja ir durante a semana, vai precisar pesquisar o que estará funcionando. Porque até restaurante tem seu funcionamento reduzido. Principalmente se for na baixa temporada.

Outra questão a observar é sobre o sinal de GPS. A cidade tem um sinal muito ruim de telefone. Temos duas operadoras diferentes e em diversos momentos na estrada, ficamos sem sinal. Sugiro baixar o mapapara a versão offline e não correr o risco de passar Perrengue. A cidade é bem rural, tem muita estradinha de terra e sem iluminação.

Os restaurantes funcionam em dois turnos (um turno do almoço, depois fecha, e só reabre para o jantar). Poucos estabelecimentos que funcionam direto, do almoço à janta.

Para fazer trilha no Parque Estadual, precisa agendar com antecedência de 15 dias. Eles realmente estavam barrando quem não estava na lista do agendamento.

Mesmo em destinos nacionais, nunca fique sem seguro viagem. Em cidades remotas e afastadas de rede hospitalar, o seguro pode te ajudar enviando um médico até sua hospedagem. E sai bem barato. Confira aqui os melhores preços e garanta já a sua cotação com preço justo.

Fique atento à esses detalhes. E aproveite essa região. Ficamos apaixonados!

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